quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Saudações à galera chorumélica.

Por Leonardo Vicente

Tenho o prazer de comunicar que a partir de hoje começo a fazer parte da família do blog-jornal O CHORUME. Saindo das belas casas com saneamento básico, pegando carona no primeiro caminhão de lixo que passar e indo parar direto na parte fétida da imprensa, recolhendo aquilo que simplesmente é jogado para nós diariamente em todos os meios de comunicação para fazer uma análise coesa dos fatos.

A principio, gostaria de explicar aos nobres leitores como será a minha participação em vosso blog. Ao invés de ficar com o “trabalho sujo” de revirar o lixo a procura das matérias que assustam pelo grau de parcialidade e das verdades absolutas que a mídia em geral impõe, estarei com o trabalho light, podendo dizer que serei aquele que ficará à espera dos caminhões de lixo para selecionar o que poderá ser reciclado, por haver uma pouca, indevida ou inexistente divulgação por parte da grande mídia.

Ou seja, a minha “main idea” consiste em ir atrás daquela pessoa que merece um destaque, daquele lugarzinho que poucos sabem mas que muitos deveriam conhecer, descobrindo e explanando suas curiosidades e peculiaridades. Espero que vocês, nobres leitores, gostem.


XXX


Como primeira publicação, gostaria de postar a matéria que fez eu começar a escrever para o jornal on-line O Estado Rj (http://www.oestadorj.com.br/). Segue a matéria na íntegra.


O Novo Comportamento da Mídia de Massa
As influências e dificuldades do jornalismo on-line


Com a criação do conceito de jornalismo on-line, e os avanços tecnológicos que há décadas a Internet vêm sofrendo, a hegemonia da televisão tradicional como mídia de massas absoluta, paulatinamente pode sofrer perdas no século XXI. Uma das mais importantes causas de considerar essa divisão de poderes é a competência que a web criou de o leitor-internauta poder interagir com os portais de notícias e não apenas receber passivamente o que é dado a ele pela televisão.

Esse processo de interação entre portal de notícias e leitor vem criando laços estreitos que trazem importantes características para ambos. Para a mídia, que passou a conhecer com mais rapidez o seu tipo de leitor, traçando suas características com maior facilidade, e para o internauta, que pôde personalizar, através dos hiperlinks, sua forma de leitura, destacando apenas aquelas notícias que são importantes para si, além de participar de enquetes e chats para dividir sua opinião com outros usuários da web, diferente do jornal impresso ou televisão.

Apesar de já na década de 70 o The New York Times disponibilizar para os assinantes da Internet alguns de seus artigos na íntegra, foi na década seguinte que o jornalismo, nos mesmos Estados Unidos, começou a considerar o uso da web para suas produções, ainda simplórias, e para apenas um público ainda muito específico. E foi nos anos 90, que começou timidamente a se expandir, tornando no início do século um importante conceito midiático.

Quase quatro décadas depois de ser concebida, e com a popularização da tecnologia digital, a Internet virou uma ferramenta indispensável no cotidiano da grande maioria da população mundial. Com essa tecnologia e a facilidade de qualquer pessoa munida de computador com modem poder acessar a web, surgiu o dinamismo da disseminação da informação, e o jornalismo se viu pela primeira vez de frente com o verdadeiro imediatismo da notícia. Ou seja, com a criação dos jornais on line, houve também uma maior necessidade dos jornalistas trabalharem com o chamado “tempo real”. Um exemplo disso foram os acontecimentos do atentado ao World Trade Center, em 2001, que o mundo pode acompanhar pela internet com atualizações quase que imediatas de cada notícia.

Atualmente, a motivação que há no leitor quando visita algum site jornalístico é a busca por conteúdo. E com a competência da web, o jornalista pode oferecer esse conteúdo de várias formas ou fazendo uma junção entre todas as possíveis, que são: o texto, o vídeo, o áudio e a fotografia.

Porém, as dificuldades que o jornalismo on-line enfrentam são muitas, como reter a atenção dos leitores, já que no mesmo portal em que se acessa uma notícia encontra-se links que desviam a todo instante sua atenção do foco principal, além de ter que tornar o site envolvente e interativo para que o leitor se sinta confortável e busque outras vezes o seu conteúdo. Para suprir essas dificuldades, as medidas que os jornalistas encontraram foram deixar os textos mais curtos e objetivos, e alguns sites usam vídeos ou gráficos explicativos. Também são criadas enquetes para saber sobre o que o internauta gostaria de se informar melhor, além de disponibilizar a ele poder comentar sobre a notícia no próprio site.

E, hodiernamente, devido ao processo interativo entre leitor e notícia que o jornalismo on-line criou, outros meios de comunicação (jornal impresso, televisão e rádio) começaram a adaptar-se a essa nova maneira de fazer jornalismo. Nos impressos, por exemplo, algumas notícias chamam o leitor para que leia a matéria na íntegra, ou procure mais informações sobre ela, no site do jornal. Nos programas ao vivo, a televisão começou a usar as salas de bate-papo, onde os telespectadores acessam o portal do programa e enviam sua pergunta para o convidado, ou jornalista específico. E a rádio, que disponibiliza para o ouvinte trechos de programas gravados ou o acompanhamento em tempo real da sua programação na web.

O jornalismo on-line chegou para ficar e recriou o fazer jornalístico. Agora fica a cargo das redações decidirem o que é mais vantajoso para elas e para seus leitores: ser o primeiro a ter a notícia no ar, mesmo que nesse processo possam acontecer alguns erros devido ao curto espaço de tempo, ou não ser o primeiro a noticiar, mas dar ao leitor uma notícia coesa, correta e sem falhas.

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